25 de abril de 2013

Bebês: fragilidade à flor da pele



Bebês e crianças têm uma pele singular. A pele do bebê é mais fina do que a do adulto (o mesmo é dizer que é menos resistente às agressões por agentes externos).
Por isso este, que é o maior órgão do corpo humano, requer cuidados particulares, não só no recém-nascido, como até cerca dos 3 anos altura em que a pele ainda é facilmente irritável e muito susceptível a agressões externas.
Mas, também depois dessa idade e até à puberdade, a pele continua a requerer cuidados acrescidos quando comparada com a do adulto.


Podemos caracterizar a pele do bebê e da criança do seguinte modo: menor espessura da sua camada mais superficial (tornando-a, portanto, mais permeável); tendência para a secura (devido à reduzida actividade das glândulas sebáceas); uma transpiração diferente da do adulto (devido à relativa imaturidade das glândulas sudoríparas); pH neutro (ao contrário do da pele dos adultos que é ligeiramente ácido), o que pode facilitar um maior desenvolvimento de bactérias.

Este quadro singular de fragilidade da pele estende-se até cerca dos 12 anos. Vem isto a propósito para significar que os cuidados com a pele são indispensáveis por razões específicas durante os três primeiros anos de vida (por exemplo, para impedir assaduras, dermatite das fraldas ou eczemas, infecções, pequenas vesículas…) mas devem prolongar-se até à adolescência devido ao número de afecções dermatológicas a que a pele pode estar sujeita. A fase da adolescência já requer cuidados particulares diferentes.




Enfim, a pele infantil é altamente sensível e frágil, o pH neutro pode reduzir as defesas contra a proliferação dos micróbios.

A pele da criança, especialmente dos lactentes, é particularmente sensível ao excesso de secreção sebácea (caso da crosta láctea), aos ácaros do pó da casa, às bactérias presentes no meio envolvente, às impurezas acumuladas na fralda, entre outros agentes potencialmente agressores.
 
 Devemos ter muito cuidado com o uso dos produtos cosméticos para sua higiene e proteção: muitos produtos direcionados ao uso infantil têm substancias potencialmente tóxicas e prejudiciais a eles.

Dicas para cuidar da pele do seu bebê:



1 - Na higiene do bebê e da criança, evite produtos que contenham perfumes e corantes por conta do risco de dermatite de contato, e produtos que simulem cores e aromas apetitosos de fruta ou doce, que podem induzir à ingestão destes cosméticos.


 2 - O banho dos recém-nascidos visa, especialmente, as zonas de maior atenção, como face, pescoço, dobrinhas e a área das fraldas. Um estudo demonstrou que esfregar a pele do bebê promove perda de água transepidérmica e menor hidratação da pele, por isso:
- A duração do banho deve ser curta (5 minutos);

- A frequência do banho pode ser diária em um país quente como o Brasil, mas o recomendado é duas vezes por semana até o bebe começar a engatinhar. A limpeza pode se limitar ao rosto, dobrinhas e região das fraldas. A água deve estar sempre na temperatura do corpo de 37,5º a 37º.



3 - Os agentes de limpeza ideais devem ser líquidos, suaves, sem fragrância, com pH neutro, que não irrite a pele e os olhos do bebê, e nem alterem o manto ácido protetor da superfície cutânea.







4 - Não existe uma fórmula pediátrica padronizada, enquanto o cabelo é fino, curto e frágil, o uso do xampu é desnecessário, o mesmo produto usado para o corpo, pode ser usado para o cabelo. O xampu deve ser suave, levemente detergente, com pH próximo da lagrima, para não provocar ardência nos olhos, e não deve alterar as raízes do cabelo ou agredir o couro cabeludo.

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