Amiga...
Será que
uma amizade só é verdadeira quando sobrevive a tudo?
Mas,
sinto a falta da amiga que um dia tive, e partilhei com ela anos de segredos e
cumplicidades.
Sei o que
nos afastou ou talvez seja mais correto dizer “imagino”, os dois lados da balança
nunca estiveram nivelados e por isso quando um deles cedeu aos seus próprios
problemas, o outro quebrou.
Não sei.
Se calhar não foi nada disto.
Mas sinto
falta dessa amizade sem limites (pelo menos era o que eu pensava), de ter
alguém que sabia poder pegar no telefone a qualquer hora da madrugada e pedir
ajuda.
A
verdadeira amizade é tão ou mais importante que o amor.
Porque é
alguém que nos completa, que nos conhece por inteiro, sem todos os contornos
que a sedução, o sexo, a contabilidade do deve e haver nos sentimentos obriga.
Mas,
volto ao princípio.
Se esta
amizade acabou quer dizer que nunca foi verdadeira?
Não
acredito porque vivia em pleno, ajudamo-nos mutuamente e partilhamos tudo o que
nos acontecia de bom e de mau, pelo menos eu partilhava.
Hoje, não
posso pegar no telefone e falar com ela.
Quer
dizer, posso e já o fiz mas foi tão profundamente doloroso falar com uma
estranha, sentir o espanto de não reconhecer aquele ser humano que um dia foi
das pessoas mais importantes da minha vida.
Talvez a
profundidade da nossa amizade tenha sido a causa deste afastamento.
Talvez
quando sabemos tudo sobre o outro, e a vida dele muda, passemos a ser um peso
morto no caminho.
Não sei,
mas tenho uma enorme tristeza dentro de mim que acredito se manterá por muito
tempo.
Não tenho
raiva e sei que tudo teve fim por fofocas e inveja, que é pior ainda de
aceitar.
Gosto
dela da mesma forma, senão não sentiria a falta louca que sinto! Eu não mudei continuo aqui, brincalhona, brava, louca e stressada como sempre, mas sem minha linda amiga!
0 comentários:
Postar um comentário