Dormir junto...

Um pequeno toque que se transforma em abraço no meio da noite e até uma eventual disputa pelo lençol são detalhes que se transformam em uma espécie de tempero. Tempero que não existe quando se dorme só.

Compartilhar o sono com alguém é uma intimidade muito grande, na minha opinião. Maior do que o sexo. Porque quando dormimos com alguém, nos tornamos mais vulneráveis. Nessa hora é que ele pode descobrir que você ronca, que você se encolhe ou se espalha demais na cama, que você é uma sonâmbula, que fala dormindo, que tem pesadelos… Nessa hora ele descobre que você faz uma trança no cabelo pra dormir ou que gosta de vestir pijama ou uma camiseta velha. E ele vai te ver acordar com a cara amassada, o cabelo desalinhado… Isso é ou não é uma puta intimidade?
Se ficamos vulneráveis e sujeitos a estas revelações nem sempre tão agradáveis, dependendo do ponto de vista de cada um, porque é tão bom? Acho que é porque nesses momentos é que somos nós mesmos de fato… e nesses momentos é que enxergamos o outro como ele é. Somente corpos respirando e dormindo. Sem mais máscaras do cotidiano, só um corpo tendo sua necessidade de descanso atendida.


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